quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Aprenda a confeccionar um berimbau

Materiais


Uma vara de madeira_ OBS: de preferencia que não seja muito flexível.
Arame de pneu de carro aro 13 descascado e limpo.
Um pedaço de couro duro ou borracha dura.
Um porongo (catuto)  limpo.
Um pedaço de corda.
Uma faca, pedaço de vidro ou um canivete.  
Um facão.
Lixa para madeira e aço.
Serra de cano
Alicate de corte e uma normal
Verniz e pincel
Pregos de rodapé, martelo.


1° passo

Agora se pega uma faca ou um facão para retirar a casca da madeira. Depois de tirar a casca pegue um pedaço de vidro e raspe a madeira, pois isso ajudara a deixar a madeira mais lisa. Consiga um verga de arvore que sua circunferência não seja maior de 2cm ,de altura pode ter em media 1,50m a 1,80m descasque a e deixe secar  a sombra durante 15 dias.

2°passo

Passado esse período pegue a faça um corte em volta da base mais grossa que tenha 1 cm para fazer uma ponta onde ficara amarrado o arame.

3°passo

Pegue o couro coloque na outra extremidade superior da verga e demarque para cortar exatamente o tamanho necessário. Já cortado o couro pregue o em cima na extremidade da verga.

4°passo

Arrume um pneu velho, de preferência de carro, e com o auxilio de uma faca corte na parte interna dele, até que se consiga retirar o arame.
 Pegue o arame e o alicate faça uma argola  que caiba na ponta inferior da verga estique o até em cima passando pelo couro e corte deixando quatro dedos para fazer outra argola que ira a corda.

5°passo

Separe um porongo(cabaça). O tamanho depende do tipo de berimbau que você quer fazer. Uma de 18 cm aproximadamente serve para fazer um berimbau Gunga, de timbre grave, outra cabaça das aproximadamente 11 cm serve para fazer o berimbau viola, de timbre agudo. Com uma faca ou serrote corte aproximadamente 1/4 do porongo, fazendo a abertura. Com uma colher retire as sementes e a "sujeira" de dentro do porongo, deixando-a bem "limpinha".Com o auxílio de um faca retire as "barbas “em volta da abertura do porongo.Lixe bem o porongo por dentro e faça o acabamento . Com uma furadeira faça dois furos paralelos no porongo, aproximadamente 3 cm um do outro.

6°passo

Com um pedaço de bambu de menos de 30 cm e da grossura de um lápis faça sua vareta.
Seu dobrão pode ser pedras lisas e arredondadas ou moedas de cobre

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Capoeira Angola Salvador


http://www.4shared.com/mp3/bMxj2dlu/01_Rei_Zumbi_Do_Palmares.html 
http://www.4shared.com/mp3/oo3FERao/02_Chula.html
http://www.4shared.com/mp3/_-IOp2s6/03_Santa_Barbara.html
http://www.4shared.com/mp3/EvNNaNIg/04_Coco_No_Dente.html
http://www.4shared.com/mp3/igAdxJzm/05_Tem_Dende.html
http://www.4shared.com/mp3/MeUVcKex/06_Tim_Tim_la_Vai_Viola.html
http://www.4shared.com/mp3/MeUVcKex/06_Tim_Tim_la_Vai_Viola.html
http://www.4shared.com/mp3/5Dujvb7R/07_Saia_Do_Mar_Marinheiro.html
http://www.4shared.com/mp3/FRtZQGfH/08_Historia_Do_Mestre_Pastinha.html
http://www.4shared.com/mp3/F-hFCDGT/09_Chula.html
http://www.4shared.com/mp3/D5CUAse9/10_Paranae.html
http://www.4shared.com/mp3/3gmx1D-Z/11_Gunga__Meu.html
http://www.4shared.com/mp3/bOB9y9NS/12_Jogo_de_Dentro.html
http://www.4shared.com/mp3/FGp4iQM4/13_Le_Maior__Deus.html
http://www.4shared.com/mp3/vUJncdmh/14_Chula.html
http://www.4shared.com/mp3/qD3mF3Bo/15_Valhe-Me_Deus_Senhor_Sao_Be.html
http://www.4shared.com/mp3/YM1NIMc_/16_Vou-Me_Embora.html
http://www.4shared.com/mp3/tmwufU93/17_Retrato_de_Salvador.html
http://www.4shared.com/mp3/LKTjQdlr/18_Chula.html
http://www.4shared.com/mp3/4n-EPxWq/19_Eu_Sou_Angoleiro.html
http://www.4shared.com/mp3/1ng3BzwT/20_Meu_Boi_Morreu.html
http://www.4shared.com/mp3/XvRuAYn9/21_A_Manteiga_Derramou.html
http://www.4shared.com/mp3/mvVoetSh/22_Angola.html
http://www.4shared.com/mp3/gkHc-sjg/23_Sao_Bento_Grande.html
http://www.4shared.com/mp3/AIsr86Sf/24_Sao_Bento_Pequeno.html
http://www.4shared.com/mp3/Ux0qbZ8g/25_Luna.html
http://www.4shared.com/mp3/EV8XRavH/26_Santa_Maria.html
http://www.4shared.com/mp3/jbj4tNwl/27_Calvalaria.html
http://www.4shared.com/mp3/iTpAMepG/28_Jogo_de_Dentro.html
http://www.4shared.com/mp3/c9I_aDOM/29_Toques_Live.html
http://www.4shared.com/mp3/LPMzL9-V/30_Paranae_Live.html
http://www.4shared.com/mp3/BtHfN_zq/31_A_Santa_Brbara_Live.html
http://www.4shared.com/mp3/5uMABmFD/32_Coco_No_Dente_Live.html
http://www.4shared.com/mp3/WwuUUles/33_Eu_Sou_Angoleiro_Live.html
http://www.4shared.com/mp3/6DORyyJC/34_Ai_Ai_Ai_Sao_Bento_Me_Chama.html
http://www.4shared.com/mp3/8SmJgrbO/35_O_Nega_Que_Vende_Ai_Live.html
http://www.4shared.com/mp3/_lwUghei/36_Abalou_Cachoeira_Live.html
http://www.4shared.com/mp3/csuBjw_4/37_Chora_Viola_Live.html
http://www.4shared.com/mp3/Wsm8_Jxw/38_Ai_Ai_Aide_Live.html
http://www.4shared.com/mp3/zQbMbbYM/39_Barauna_Caiu_Live.html

Mestre Toni Vargas liberdade





quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Carolina Soares


http://www.4shared.com/music/GLuvqj5R/01-AudioTrack_01.html
http://www.4shared.com/music/gYGd5GeM/02-AudioTrack_02.html
http://www.4shared.com/music/TRQPL-nb/03-AudioTrack_03.html
http://www.4shared.com/music/18nCaH6N/04-AudioTrack_04.html
http://www.4shared.com/music/90YKun8S/narinheiro_so.html
http://www.4shared.com/music/C6PHm57Q/06-AudioTrack_06.html
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Praticando Capoeira

Coletânea



Mestre Toni Vargas - Quadras e...


http://www.4shared.com/mp3/R6cvmm6A/Senzala_Mestre_Toni_Vargas_-_0.html
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http://www.4shared.com/mp3/kGk5EetF/Senzala_Mestre_Toni_Vargas_-_0.html
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http://www.4shared.com/mp3/1Wf6hjJP/Senzala_Mestre_Toni_Vargas_-_2.html
http://www.4shared.com/mp3/gd_rUgzd/Senzala_Mestre_Toni_Vargas_-_2.html

domingo, 28 de outubro de 2012

GCAB


http://www.4shared.com/mp3/BScfbDBO/A_Terra_Tremeu.html
http://www.4shared.com/mp3/XCcll88A/Agradecimentos.html
http://www.4shared.com/mp3/HcMdzeBE/Anjo.html
http://www.4shared.com/mp3/SF5eSulJ/Chuva_Molhou.html
http://www.4shared.com/mp3/ES8Es1HS/Entorta_a_Verga.html
http://www.4shared.com/mp3/uRnxk5VQ/Ina.html
http://www.4shared.com/mp3/fYGPlH0Q/Lembranas.html
http://www.4shared.com/mp3/JP_wm0pB/Linda_Morena.html
http://www.4shared.com/mp3/RF2EA1HU/O_GCAB_Chegou.html
http://www.4shared.com/mp3/0DEGfpsj/Roda_Boa.html
http://www.4shared.com/mp3/AiQYWSgK/Vem_Capoeirar.html
http://www.4shared.com/mp3/_gjCuebD/Vi_Voador.html

Abada vol 2


http://www.4shared.com/mp3/9bfDaNbi/A_onda_rolou_na_praia.html
http://www.4shared.com/mp3/piNgv_Bn/A_palha_do_coqueiro.html
http://www.4shared.com/mp3/v6vwW6pe/Aruanda_.html
http://www.4shared.com/mp3/PxORfpvj/Capito_do_mato.html
http://www.4shared.com/mp3/DdGKXCtK/Capoeira_ABAD.html
http://www.4shared.com/mp3/t_5f8Ylh/Capoeira_de_Angola.html
http://www.4shared.com/mp3/6WCYA7Mo/Curva_de_Rio.html
http://www.4shared.com/mp3/cDMKIDJW/Faca_de_Tucum.html
http://www.4shared.com/mp3/2pBgD6B_/Festa_da_Penha.html
http://www.4shared.com/mp3/-WqNKler/L_na_Bahia.html
http://www.4shared.com/mp3/GxZC3JXv/Mainh.html
http://www.4shared.com/mp3/nyyGWycK/Minha_Bahia.html
http://www.4shared.com/mp3/hJXc2-Qf/Na_Vida_se_Cai.html
http://www.4shared.com/mp3/ui3N4pew/Navio_Negreiro.html
http://www.4shared.com/mp3/dwjKjqtA/O_Berimbau.html
http://www.4shared.com/mp3/6NsvkMV6/Ona_pintada.html
http://www.4shared.com/mp3/wBUPTOuJ/Pe_no_cho.html
http://www.4shared.com/mp3/Mn4K1Etf/Pe_Tempero.html
http://www.4shared.com/mp3/Mn4K1Etf/Pe_Tempero.html

Abada Infantil

 Músicas Infantis de capoeira

CD abada 


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Nossa História

Guerreiros dos Palmares

O grupo de capoeira guerreiros dos palmares foi fundado no dia 25 de agosto de 1996, em Porto Alegre/RS, pelo mestre Pop Lainy. Durante os dois primeiros anos, o grupo permaneceu nos pampas gaúchos migrando para Curitiba junto com seu mestre fundador, no ano de 1998.
Embora seja natural de Plautino Soares/MG, Mestre Pop Lainy mudou-se com sua família para belo horizonte antes de completar um ano de idade começou a jogar capoeira com catorze anos, em 1981, junto a o grupo de meninos que praticavam uma espécie de luta não muito definida. A princípio o mestre não sabia que essa luta era capoeira. Apenas dois anos depois teve consciência disso, quando um amigo  convidou para assistir uma roda de capoeira em Vila Rica, bairro de Belo Horizonte. Enquanto assistia os capoeiristas, Pop Lainy reconheceu os movimentos e percebeu que também ele, junto aos amigos, praticava a mesma arte. Permaneceu na capital mineira, jogando e praticando capoeira, até os vinte anos de idade. Nesse período mudou-se para São Paulo, onde começou a fazer shows nas ruas, local onde conheceu Mestra Lima e, por ele, foi convidado a frequentar sua academia. Passou, então, a treinar com Mestre Lima alternando os meses de treinamentos com vagens para shows. Em 1996 foi formado mestre de capoeira. Neste mesmo ano, em suas andanças pelo Brasil caminho do Rio Grande do Sul passa pela cidade de Curitiba. E é para Curitiba que retorna dois anos depois, com o grupo de capoeira Guerreiros dos Palmares já formado, instalando-se definitivamente na capital paranaense. No final desse mesmo ano, mestre Pop Lainy sofre um grave acidente que o afasta da capoeira por dois anos. Durante 1999 e 2000, o grupo foi treinado por um dos alunos graduados, em uma academia no centro da cidade. Atualmente, o mestre é responsável pelo cargo de presidente da Federação Paranaense de Capoeira.                                  

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O atabaque



Origem

O atabaque na capoeira tem a mesma função que o pandeiro. É tocado só com as mãos e acompanha o berimbau Gunga na marcação do ritmo do jogo. O termo atabaque é de origem árabe, é um instrumento oriental muito antigo entre os presas e os árabes, porém divulgado na África. Provavelmente o atabaque tenha vindo para o Brasil através dos portugueses, para ser usado em festas e procissões religiosas.
Também usado em quase todo ritual afro-brasileiro, típico do Candomblé da Umbanda e das outras religiões afro-brasileiras e influenciados pela tradição africana. De uso tradicional na música ritual e religiosa, empregados para convocar os Orixás.

Constitui-se de madeira e aros de ferro cilíndrico ou ligeiramente cônico, com uma das bocas coberta de couro de boi ,veado ou bode.

O Berimbau

Origem

O berimbau é talvez um dos instrumentos musicais mais primitivos de que se tem informação. Alguns pesquisadores acreditam que o arco musical resultou do desenvolvimento do arco de caça, cuja invenção pode ter ocorrido em algum momento entre 20.000 e 15.000 anos passados, no norte da África.
Outros já supuseram exatamente o contrário: o arco de caça é que teria se originado do arco musical. E para aumentar o elenco de possibilidades, existem opiniões que discordam das anteriores: o arco musical e o arco de caça tiveram origem e desenvolvimento completamente independentes um do outro.

Mas são pinturas localizadas em uma caverna na região sudeste da França e datadas do período da pré-história que surgem com prova da história muito antiga desse marcante instrumento. Figuras retratam um homem que se veste com peles de bisão, segurando um objeto que se parece com o arco. Assim, é possível fixar o período por  volta de 15.000 a.C. como a época em que provavelmente ocorreu o seu uso pelo homem primitivo.

O arco musical também se fez presente nas antigas culturas egípcia, assíria, caldéia, fenícia, persa e hindu. Na África, muitas espécies do berimbau musical podem ser encontradas entre tribos de Uganda, pigmeus do Congo, em Angola e em outras regiões.O instrumento ganhou a forma que tem hoje entre as antigas tribos nativas africanas. Tudo indica que ele teria chegado ao Brasil já em 1538, junto com os primeiros escravos. Aqui, ele passou a ser identificado como elemento típico da capoeira. "O berimbau é a alma dessa mistura de dança e arte marcial, definindo tanto os movimentos quanto o ritmo"

Na África, ele marca presença como acompanhamento musical de rituais fúnebres - e no Brasil também foi usado, no século XIX, por escravos recém-libertados para atrair compradores para os doces que vendiam nas ruas. Apesar do jeitão de objeto improvisado, o berimbau é um instrumento sofisticado, capaz de emitir várias sonoridades. Numa roda de capoeira autêntica, ele costuma aparecer em trio, cada um com um diferente tamanho de cabaça (sua caixa de ressonância). Quanto maior ela for, mais grave é o som.

Elementos do Berimbau

O instrumento é constituído de um arco feito de uma vara de madeira de comprimento aproximado de 1,20m e um fio de aço (arame) preso nas extremidades da vara.

Em uma das extremidades do arco é fixada uma cabaça que funciona com caixa de ressonância. O som é obtido percutindo-se uma haste no arame; podendo variar abafando o som da cabaça e (ou) encostando uma moeda de cobre no arame. Complementa o instrumento o caxixi, uma cestinha de vime com sementes secas no seu interior

 
Baqueta
A vareta de madeira, que mede entre 30 e 40 cm, é batida contra a corda para emitir o som.

Dobrão
Normalmente é uma moeda velha - mas há quem use uma pedra em seu lugar. Ela é segurada entre o polegar e o indicador da mão esquerda e faz variar as notas emitidas pelo berimbau, dependendo da pressão que faz na corda

Cabaça
O fruto seco e limpo da cabaceira (árvore comum no norte do Brasil) tem o formato de uma cuia e funciona como caixa de ressonância

Verga
O arco, com cerca de 1,60 m de comprimento, é feito geralmente do caule de um arbusto chamado biriba, comum no Nordeste

Corda
O fio de arame de aço bem esticado costuma ser arrancado de pneus radiais

Amarração da cabaça
O barbante que prende a cabaça à verga ajuda a passar para ela o som emitido pela corda

Caxixi
O pequeno chocalho (com pedrinhas, sementes ou búzios) reforça a marcação do ritmo













              .



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Maculelê

Maculelê

Há muitas outras versões de lendas sobre o Maculelê, mas todas sustentam a versão de um guerreiro sozinho, enfrentando a invasão inimiga com apenas dois bastões.

Por muito tempo o maculelê foi apresentado nas ruas e praças da cidade, nos dias de festa da padroeira.

Maculelê é luta e dança ao mesmo tempo, se um feitor aparecia na senzala à noite, pensava que era a maneira de adoração aos deuses das terras deles (dos negros escravos), as músicas não davam ao feitor entender o que eles cantavam.
A festa era realizada de 8 de dezembro (consagração de Nossa Senhora da Conceição) e 2 de fevereiro (dia de Yemanjá) em Santo Amaro da Purificação. Acontecia nas praças e nas ruas da cidade e era considerada uma festa ``profana'' realizada pelos negros escravos.
“em marcha guizada, a ``Marcha de Angola’’, que tem algo de Capoeira e de Samba, tudo isso em Movimentos sempre ao compasso das batidas das grimas (bastões).”

Instrumentos
O instrumento fundamental no maculelê é o atabaque. Na época  eram usados três atabaques seguindo a formação do candomblé. Outros instrumentos como o agogô e o ganzá também eram tocados durante a apresentação. Hoje vemos apresentações de maculelê, na maioria das vezes somente com o atabaque.

Indumentária e Pintura
Na época a indumentária era simples, de acordo com as condições cotidianas dos dançarinos. Geralmente usavam camisas e calças comuns aos africanos, de algodão cru e pés descalços.
Estes pintavam os rostos e as partes desnudas com tintas feitas com restos de fuligem de carvão ou de fundo de panelas. Exageravam na tintura vermelha que usavam na boca que era feita com sementes de urucum. Algumas pessoas do grupo empoavam suas cabeleiras com farinha de trigo, usavam touca nas cabeças ou lenço no pescoço.

Cânticos
Muitos dos cânticos do maculelê, provém dos candomblés de caboclo, alguns das canções de escravos e outros até fazem menções à cultura indígena. Os cânticos acompanham o desenrolar da apresentação do maculelê. Cada parte da encenação do maculelê tem a sua cantiga certa que acompanha. São muitos os cânticos do maculelê e cada grupo tem os seus prediletos. Eis alguns deles cantados antigamente na época de Mestre Popó:

Cântico para saudação:
Ô boa noite pra quem é de boa noite/Ô bom dia pra quem é de bom dia/A benção meu papai a benção/Maculêle é o rei da valentia.

Homenagem à Princesa Isabel: (alguns homenageiam Zumbi dos Palmares):
Vamos todos louva/A nossa nação brasileira/Viva a dona Isabel (ou Zumbi dos Palmares) /Ai meu Deus/Que nos livrou do cativeiro

Peditório: (ocorre nas saídas às ruas):
Deus que lhe dê, ê/Deus que lhe dá, á/Lhe dê dinheiro/Como areia no mar.

Louvação aos pretos de Cabindas ou Louvor a Nossa senhora da Conceição:
Nós somos pretos da Cabinda de Aruanda/A Conceição viemos louvar/Aranda ê, ê, ê/Aranda ê, ê, á.

Fulô da Jurema, de influência indígena:
Você bebeu Jurema/Você se embriagou/Com a fulô do mesmo pau/Vosmicê se levanto.

Saudação de chegança:

Ô sinhô dono da casa/Nós viemos aqui lhe vê/Viemos lhe pergunta/Como passa vosmicê
Saudação de despedida:
Quando eu for embora ê/Todo mundo chora ê.

Em cena

Durante a apresentação do maculelê, os componentes, que representam a tribo rival, formam um círculo em volta de uma pessoa, que representa o herói. Todos sustentando um par de bastões nas mãos. O desenrolar da história é contado através dos cânticos que são respondidos em côro. Além do côro os componentes batem os bastões (grimas) no ritmo do atabaque que é tocado pelo mestre do maculelê.

O Maculelê hoje

Hoje o maculelê se mantém preservado graças à sua incorporação por grupos de capoeira, que incluíram a dança nas suas apresentações em batizados e festas populares. Os componentes se apresentam vestidos de saia de sisal, sem camisa e com pinturas pelo corpo. Há também alguns grupos que preferem se apresentar com seus abadás usuais, o que deixa evidente a sua descaracterização, o que deve ser evitado para que não percamos mais uma manifestação cultural através do esquecimento de suas raízes.

O maculelê faz parte do folclore brasileiro e deve ser preservado como patrimônio cultural, assim como a capoeira. Deve ser mantido e respeitado como tradição. Seja ela trazida por nossos irmãos africanos ou criada pelos nativos indígenas, a beleza do maculelê traz em si os traços da miscigenação cultural de um país onde a cultura é a mais rica do mundo, apesar de não receber o reconhecimento que merece.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Capoeira Regional Mestre Bimba

Manoel dos Reis Machado

Bimba empunhava regras para os praticantes da capoeira regional, sendo elas:

- Não beber, e não fumar. Pois os mesmos alteravam o desempenho e a consciência da capoeira.

- Evitar demonstrações de todas as técnicas, pois a surpresa é a principal arma dessa arte.

- Praticar os fundamentos todos os dias.

- Não dispersar durante as aulas.

- Manter o corpo relaxado e o mais próximo do seu adversário possível, pois dessa forma o capoeira desenvolveria mais.

- Sempre ter boas notas na escola.

As portas de um novo século, o começo de uma nova era estava por vir, já era momento de se esperar o surgimento de novos gênios revolucionários, pessoas que viriam dar um toque de classe e deixar sua marca registrada na historia, fosse na arte, ciência, musica, literatura e também na arte da vadiação, em fim em nossa capoeira. Era 23 de novembro do ano de 1899 (na verdade) ou 1900, resposta essa que a malandragem se encarregou de ocultar, quando Sra. Maria Martina do Bonfim veio a dar a luz a uma “menina” (assim achava ela), foi quando a parteira ao aparar o herdeiro em suas mãos exclamou em tom maior “é menino, olha a Bimba dele ai !!!”, sem mesmo saber que aquele que recebeu seu “nome de guerra” logo ao nascer, se tornaria um dos maiores representantes da cultura Afro-Brasileira de todos os tempos. Acabara de nascer um filho de Xangô, um verdadeiro guerreiro o qual trazia em sua herança genética a Força e Malicia de um exímio “batuqueiro”, luta braba baseada em movimentos de rapa (desequilibrantes) ao qual o Sr. Luiz Candido Machado seu pai era respeitado e considerado campeão nessa modalidade. Acabara de nascer Manoel dos Reis Machado no bairro do Engenho Velho na freguesia de Brotas na cidade de Salvador, Bahia, o mesmo se tornaria conhecido por “Mestre Bimba”, um dos homens mais influentes no meio jovem, popular e estudantil da Bahia e do Brasil, pessoa que viria a derrubar tabus, e levar nossa cultura aos escalões mais altos da sociedade, nascia o criador da Luta Regional Baiana.

Logo bem cedo “Seu Bimba” se envolvera com a Capoeira, sua iniciação foi aos 12 anos, lá pras bandas da Estrada das Boiadas, hoje um dos maiores redutos da cultura Afrodescendente Brasileira, o bairro da Liberdade, na cidade de Salvador-Bahia, aprendeu os primeiros passos com um negro de origem africana de nome Nôzinho Bento, conhecido por Bentinho Capitão da Cia de Navegação Baiana, titulo outorgado aos antigos homens do mar pessoas de notório saber, trabalhadores da zona portuária, do afamado Caís Dourado reduto da malandragem baiana de outrora. Seu Bimba teve em seu aprendizado e aos 18 anos, tendo aprendido os segredos da arte-manha da capoeiragem além de ter vivenciado a malandragem de outrora no seu dia a dia, inúmeras experiências e diversas situações fizeram do Bimba um “Mestre na arte da Malandragem”, muitas dessas experiência ele transmitia a seus discípulos quando passou a lecionar, e tempos depois no decorrer do curso da Luta Regional Baiana que viria a criar. O capoeira da época teria que aprender a ser uma pessoa extremamente intuitiva e habilidosa capaz de reacionar diante das mais distintas formas de perigo, muitos eram capazes de demonstrar seus dotes de habilidade realizando verdadeiras proezas assim como o Mestre Bentinho que era capaz de executar um salto mortal na boca de um caixote de cebolas e cair em pé no mesmo sem quebrá-lo. Situações de bravura, destreza e inteligência eram comuns no meio da capoeiragem da época, e assim foi recebendo seu Bimba os diversos ensinamentos que o consagraram Mestre em meio a comunidade que o rodeava.

O Bimba aprendeu a Capoeiragem da época (hoje denominada Angola) e ensinou a mesma durante muitos anos, aos negro e mulatos das classes populares , assim como as classes mais abastadas as quais ministrava classes particulares nos quintais e varandas de suas residências. Eram seus alunos pessoas como o Desembargador Decio dos Santos Seabra (da família do ex-Governador Seabra) e Dr. Joaquim de Araujo Lima (do jornal Imparcial e Nova Era o qual mais tarde viria a tornar-se Governador do Guaporé) dentre outros foram alunos do Mestre Bimba.

Em 1928 o Mestre Bimba fundiu a capoeiragem que havia aprendido na época, com elementos do Batuque e acrescentou a sua criatividade criando assim uma obra aberta, a qual chamou “Luta Regional Baiana” a 
 “Capoeira Regional”, sua criação ganhou o mundo, e a partir de então a capoeiragem nunca mais foi a mesma. No final da década de 20 Mestre Bimba e sua Turma se apresentaram para o então Deputado Simões Filho, a altura a capoeiragem era tratada como pratica ilegal, após essa exibição o povo toma conhecimento da Capoeira Regional, em 1932 o Mestre funda a primeira academia especializada em Capoeira no bairro do Engenho Velho de Brotas, a época também ensinava em residências na Roça do Lobo, cinco anos depois o Mestre era registrado como “Professor de Educação Fisica pela Secretaria de Educação, Saúde e Assistência Pública”.

Em 1939 passa a lecionar no quartel do CPOR, e em 1942 instalou sua segunda academia. Na década de 30 recebe um convite para exibir-se no Palácio do Governo a convite do Governador-Interventor Juracy Magalhães, sendo que em 23 de julho de 1953 exibiu-se para o então Presidente Getulio Vargas o qual denominou a capoeira “o esporte genuinamente Brasileiro”. A vida de Mestre Bimba foi cercada de conquistas e vitorias, desafiou lutadores de todas a modalidades para provar o valor da Luta Regional Baiana, junto a seus alunos levou a Capoeira Regional para o Brasil, costumava dizer que tirou a capoeira “debaixo do pé do boi”, se referindo ao tratamento dado a arte-luta e seus praticantes no passado, em 1971 recebe seu primeiro convite para ir Goiânia onde voltaria pouco tempo depois para implantar sua Capoeira Regional, em 5 de fevereiro de 1974 nos deixa Manoel dos Reis Machado, porém seus alunos e família dão continuidade ao seu legado. Entrar para historia como o “Rei da Capoeira” o qual recebe tempos depois o titulo de Doutor Honoris Causa Post-Mortem pela Universidade Federal da Bahia, sua Regional segue viva e se expandiu para todo o mundo , assim como ele imaginava. Salve Mestre Bimba, o criador da Regional!!!

Com a intenção de aprimorar a sua capoeira, Mestre Bimba, que sempre foi angoleiro, incorporou movimentos de algumas artes marciais à sua capoeira regional. E não foi só isso. Ele também elaborou algumas sequências de golpes para que a sua capoeira se tornasse mais efetiva e pudesse combater de frente ou estar à altura de outras artes marciais.
Não é à toa que o primeiro nome que deu à essa nova modalidade de luta era “Luta Regional Baiana”.
Com a sua nova capoeira, Mestre Bimba começou a lançar desafios aos lutadores de todas as artes marciais e ganhou todos.
No total são oito sequências de movimentos. Esses movimentos são considerados essenciais para que se aprenda a verdadeira capoeira regional. Segue então a famosa sequência de Mestre Bimba:


Primeira Sequência

Aluno 1                                           Aluno 2                                              
Meia-Lua de frente                            cocorinha
Meia Lua de frente com armada        cocorinha com negativa
Aú                                                    cabeçada



Segunda Sequência

Aluno 1                                           Aluno 2

Queixada                                        cocorinha
Queixada                                        cocorinha
Cocorinha                                       armada
Benção                                           negativa
Aú                                                 cabeçada


Terceira Sequência

Aluno 1                                          Aluno 2

Martelo                                          banda
Martelo                                          banda
Cocorinha                                      armada
Benção                                          negativa
Aú                                                 cabeçada



Quarta Sequência

Aluno 1                                         Aluno 2

Goldeme                                       bloqueio
Goldeme                                       bloqueio
Arrastão                                       galopante
Aú                                                negativa
                                                    cabeçada


Quinta Sequência

Aluno 1                                        Aluno 2

Giro                                            cabeçada
Joelhada                                      negativa
Negativa                                     cabeçada




Sexta Sequência

Aluno 1                                       Aluno 2

Meia-Lua de Compasso             cocorinha
Cocorinha                                   meia-lua de compasso
Joelhada                                     negativa
Aú                                              cabeçada
Rolê


Sétima Sequência

Aluno 1                                      Aluno 2

Armada                                    cocorinha
Armada                                    cocorinha
Negativa                                   benção
Cabeçada                                 aú
                                                 rolê

Oitava Sequência

Aluno 1                                     Aluno 2

Benção                                      negativa
Aú                                            cabeçada
Rolê